A arq. Zaida Muxí diretora (com Josep Maria Montaner) do programa de Máster Laboratorio de la Vivienda del siglo XXI da ETSAB de Barcelona escreveu artigo sobre a produção de propostas inovadoras para Habitação de Interesse Social patrocinadas pelos concursos Caixa-IAB, e as oportunidades perdidas com a não utilização destes projetos pelos programas governamentais.
Vimos com surpresa e alegria nosso trabalho citado no artigo da Dra. Zaída. A questão que ela levanta bate de frente com o imediatismo e pragmatismo de nossa cultura burocrática. Por um lado os construtores que não tem muito interesse em diversificar, porque geralmente isto significa mais custos. E por outro, em minha opinião, a própria Caixa, quando atua de responsável pela liberação de recursos e de fiscalizadora, restringe as possibilidades de inovação, experimentação e qualificação das ações em HIS. Quando encontramos prefeituras ou comunidades mais exigentes, estas acabam sucumbindo à lógica vigente...
Este trabalho que apresentamos para o concurso da Caixa (em 2002) foi discutido com a comunidade e aprovado pela prefeitura, mas esbarrou nas exigências e procedimentos para sua implantação.
Sabemos das dificuldades dos nossos colegas dentro da Caixa também, muito serviço, dificuldades de ação em função da burocracia, e outros... a Caixa é um banco. Deveríamos ter uma agência de desenvolvimento habitacional e não um banco cuidando da HIS... ou não?
Veja o artigo completo no Vitruvius:
por Zaida Muxí
Veja a premiação no Vitruvius: Concurso Público Nacional “Prêmio Caixa-IAB Habitat Brasil 2001/02
Artigo MUITO bom da Zaida!
ResponderExcluirConcordo com seus argumentos e testemunho que mesmo um trabalho altamente pragmático e pouco inventivo como fizemos na Vila Pinto em 2008-2009 esbarrou nos "padrões dominantes" da Caixa Econômica Federal.
Conclusão que ouvi de um colega arquiteto da Caixa - opinando sobre o projeto de habitações proposto - era de que não adiantava fazermos melhor pelo mesmo valor - uma vez que o subsídio máximo era fixo em R$36mil - tínhamos que fazer PIOR e MAIS BARATO para que, ao final se produzissem MAIS UNIDADES ao invés de BOAS CASAS.
Diria que não são apenas oportunidades perdidas, mas ativamente NEGADAS.
Realmente excelente este artigo da Zaída. A palestra dela que assisti na Ritter também estava ótima, muito bom ver o trabalho dela e do Montaner.
ResponderExcluirEstou louca pelo livro deles, mas está esgotado. :/
É uma pena, para não dizer vergonha, que o padrão seja tão deficiente. Sabemos que para fazer o bom (mesmo que modesto e quase mínimo) não se necessita muito mais do que para fazer o que se tem visto por aí... mas no fim das contas habitação de interesse social virou nicho de mercado... com grande construtoras visando apenas quantidade de "cascas" para poder amontoar as pessoas.
Shame on you Caixa! Shame on you!