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terça-feira, 8 de novembro de 2011

AULÁRIO... agora em novembro





INDICADORES DE DISPERSÃO URBANA - ALICE RAUBER GONÇALVES

PROPUR/UFRGS CONVIDA:

ATO PÚBLICO DE CONCLUSÃO
CURSO DE MESTRADO
DEFESA DE DISSERTAÇÃO

INDICADORES DE DISPERSÃO URBANA

ALICE RAUBER GONÇALVES

Banca Examinadora:
Prof. Dr. Vinicius de Moraes Netto (Examinador Externo da Escola de Arquitetura e Urbanismo/UFF)
Prof. Dr. Álvaro Luiz Heidrich (Examinador Externo do Departamento de Geografia do Instituto de Geociências/UFRGS)
Prof. Dr. Benamy Turkienicz (Examinador Externo do PROPAR da Faculdade de Arquitetura/UFRGS)

Orientador e Presidente da Banca:
Prof. Dr. Romulo Krafta (PROPUR/UFRGS)

Resumo:
As cidades vêm passando por significativas transformações, nas últimas décadas, em seus padrões de urbanização, sendo a dispersão urbana característica marcante deste processo. Surgem novas configurações, dispersas, descontínuas e de baixa densidade, distintas da tradicional cidade compacta, com evidentes implicações no desempenho urbano, embora ainda não totalmente conhecidas e estudadas. Entender os efeitos, principalmente aqueles não desejados, de certos padrões de ocupação urbana representa, hoje, grande desafio para o planejamento das cidades, sendo urgente aumentar sua compreensão a fim de melhor direcionar políticas urbanas. Diante desse cenário, desponta a necessidade de reforço na qualidade das metodologias de análise e monitoramento da expansão urbana, principalmente por meio de indicadores. Recentes estudos vêm sendo desenvolvidos no intuito de quantificar aspectos relacionados à dispersão urbana, consistindo em importantes avanços no sentido de tratar o tema com maior precisão. Apresentam, no entanto, certas limitações metodológicas, principalmente no que tange à representação de certos aspectos do sistema espacial urbano, tais como configuração da rede de ruas e distribuição das atividades. Em outras palavras, boa parte dos estudos existentes não tem levado em conta a escala intra-urbana. A presente investigação se propôs a contribuir para o desenvolvimento de metodologias para avaliação da dispersão, aprofundando questões espaciais e configuracionais relacionadas ao tema, pouco exploradas até o momento. Para tanto, buscou referências na investigação sobre indicadores urbanos, especialmente nos trabalhos que vem sendo desenvolvido pelo grupo de pesquisa Sistemas Configuracionais Urbanos da UFRGS. Dessa forma, procurou-se avançar na questão da mensuração da dispersão urbana através da introdução de sistema descritivo detalhado e indicadores sistêmicos para medir acessibilidade entre locais de residência e locais de trabalho, item chave do desempenho urbano. Os resultados demonstraram que o método possui potencial para utilização em estudos comparativos sobre desempenho urbano de padrões dispersos, sendo esta a principal contribuição do trabalho.
Data: 07/12/2011 (quarta-feira)
Horário: 14 horas
Local: PROPUR - Faculdade de Arquitetura/UFRS
Rua: Sarmento Leite, 320 – 5º andar – Sala 509 – POA/RS

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Novas ecologias

Seguindo uma idéia que começou na oficina Adaptive Waterscapes em agosto deste ano e uma recente aquisição da Pamphlet Architecture N°30 (aqui tem uma prévia de 20 páginas no Issu), vem a "nova ecologia" que tem se falado um tanto nos blogs desse mundo.

O lance parece ser o velho tema da natureza transformada, mas num contexto de "fim dos tempos" de aquecimento global e mudanças

Então, posto abaixo alguns links que acho interessantes, pra contribuir pro raciocínio. sócio-econômicas, aumento da desigualdade, etc.

Primeiro, os responsáveis pela Pamphlet, InfraNet Lab, cujo nome já é uma referência pra lá de interessante (tanto pelo infra quanto pelo net, mas que, talvez mera coincidência, ainda se relaciona com a Infranet).


Em segundo lugar. o EcoRedux, da Lydia Kallipoliti, que editou uma AD com o mesmo nome no fim do ano de 2010.



Em terceiro, uma edição da revista Bracket, que é editada pelo pessoal do InfraNet Lab, sobre agricultura.
Bom, por enquanto é isso, mais depois do intervalo, como dizem os amigos do ArchDaily.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Audiência Pública do Plano Diretor Rural de Garibaldi

Nesta última terça-feira foi realizada a Audiência Pública para a Etapa 3 - Plano Estratégico do Plano Diretor Rural de Garibaldi - RS. Este plano está sendo desenvolvido desde abril pela 3C junto com a equipe técnica do município e se encaminha para os momentos finais.
A proposta técnica apresentada nesta terça-feira consistia em 4 programas para o Plano Estratégico - que busca incentivar o desenvolvimento sustentável do município e mais o macrozoneamento definido para o Plano Regulador, que inclui o ordenamento de todo o território do município.
Um aspecto importante a destacar é o ineditismo deste tipo de planejamento territorial das áreas rurais dos municípios. Nas poucas vezes em que foi feito no país, em geral tem uma visão ambiental das questões e considera pouco as dinâmicas macro-econômicas presentes e muito menos as dinâmicas sociais e culturais envolvidas. Uma explicação para isto é o entendimento generalizado - e equivocado - de que o rural é tudo que não é urbano simplesmente, sem que se perceba como as zonas rurais são variadas e mesmo sem dar seu devido valor a elas.
Na proposta apresentada - que ainda deverá ser ajustada antes de se tornar a proposta técnica final, uma vez que obteve importante contribuição da população na Audiência - buscamos definir um equilíbrio entre a preservação do ambiente existente - seja natural ou já modificado pela ação do homem - e a orientação para um caminho mais sustentado de desenvolvimento. Vemos nisso a chave para a resolução de muitos dos conflitos hoje presentes no município, tanto nas áreas rurais quanto nas áreas urbanas, onde diversos conflitos acabam se refletindo.
Publicaremos futuramente outros elementos do plano, incluindo a sua versão técnica final quando esta estiver desenvolvida.
Abaixo, a apresentação.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Ábalos + Sentkiewicz em Porto Alegre

Diplomatas,

dia 11 de outubro vai acontecer no Auditório Master da UniRitter a palestra dos arquitetos Iñaki Ábalos e Renata Sentkiewicz que estão em passagem pela América Latina (dia 14 de outubro estarão em Buenos Aires).


Ó abaixo mais algumas informações sobre a dupla:
notícia que saiu ontem no Plataforma Arquitectura;
Performing Arts Center - Taipei (finalistas do concurso);
Lolitas - edifício de escritórios em Madri;
Casa en Las Rozas (em Madri);
Praça e Torre Woermann - Las Palmas de Gran Canaria
mais notícias sobre eles no Plataforma Arquitetura;
e no ArchDaily também.

Vale a pena da uma olhada no site deles.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Referências: visualização da informação

Retomando as postagens, vamos a um assunto light, super interessante, mas um pouco fora das nossas atividades cotidianas (mas não por muito tempo! huahahuahuahua):

Pra não dizer que arquitetos vivem somente entre sí, lanço aqui algumas referências de gráficos que temos visto e nos interessado.
Claro que mais que coisas bonitas, buscamos a tal visualização da informação, ou seja, maneiras de explicar visualmente diversos tipos de informação. O legal dos exemplos a seguir, é que há um contato entre o visual e a lógica, que demonstra realmente a informação, para além dos diagramas mais "mentidos" que as vezes rolam por aí simplesmente pra provar um ponto de vista.
Vamos a eles:
Artefact: site de design de Seattle com muita info sobre coisas MUITo interessantes, como esse post: http://www.artefactgroup.com/#/content/visualizing-complexity



Visual Complexity: um repositório de projetos de referência sobre visualização. Muito interessante com centenas de exemplos comentados a mostra. Serve muito bem como referência e para ampliar os horizontes;

Processing.org: ferramenta de programação cheia de tutoriais, exemplos e coisas deliciosas para
quem se interessa pelo lado mais pesado da questão: a programação em sí. Não parece ser muito complicado, ao menos no âmbito das Linguagens Orientadas a Objeto, vamos ver se
alguém da área das infos se manifesta.
WhatTheyKnow: projeto do Wall Street Journal sobre fishing na internet.

ProtypO: site de um designer francês (YannikMatthey) que produzir um programa gerador de fontes (tipos), muito interessante para quem quer "desenhar informação"

Mais, na sequência.

Dia Mundial Sem Carro



Diplomatas!

Hoje, dia 22 de setembro, é o Dia Mundial Sem Carro.




Abaixo algumas notícias sobre o dia:

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Aulário - etapa 1 em obras

As obras do 1º módulo do Aulário (Edifício do Saber) do Parque Tecnológico de Itaipu, estão em fase final, a entrega da obra está prevista para o mês de outubro.

Para mais informações sobre este projeto acesse o nosso site.

Abaixo algumas fotos da obra em andamento, tcharãn:







*fotos aéreas por Billy
*demais fotos acervo 3c (Tiago e Leo)

II Seminário Acadêmico IMED


Nesta segunda-feira dia 19.set.2011 saiu na página do IMED notícia sobre o II Seminário Acadêmico de Arquitetura e Urbanismo que ocorreu em Passo Fundo e no qual o nosso diplomata mor, o arquiteto Tiago Holzmann da Silva, dentre outras atividades falou sobre o CAU e Regularização Fundiária.

Veja a notícia no Portal de Comunicação IMED sobre a atividade .


Veja também no Portal de Comunicação IMED a notícia sobre a atividade interdisciplinar que teve como tema a Regularização Fundiária.

*foto do portal de comunicação IMED.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Centro de Lazer e Convivência PTI-Itaipu

Diplomatas,
Para quem ainda não viu aqui está a apresentação de um breve estudo que fizemos para o Centro de Lazer e Convivência PTI-Itaipu.

Aaaah... e na capa já se pode ter uma idéia da nossa nova identidade visual (projeto dos nossos amigos da Verdi Design).

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Biblioteca Paulo Freire em obras

Em recente visita ao Parque Tecnológico Itaipu (PTI) os arquitetos Leonardo Poletti e Tiago Holzmann visitaram a obra da Biblioteca Paulo Freire.

Confira mais informações sobre este projeto no nosso site.

Veja as fotos da obra em andamento:





*fotos aéreas por Billy
*demais fotos acervo 3c (Tiago e Leo)


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Audiência apresentou pontos estratégicos para o Plano Diretor Rural

Notícia da Prefeitura Municipal em seu site:
"A Prefeitura Municipal de Garibaldi promoveu na noite desta terça-feira mais uma audiência pública de preparação do Plano Diretor Rural de Garibaldi."

Fonte: site da Prefeitura Municipal de Garibaldi.

Abaixo, a apresentação exibida no evento.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Primeiro teleférico para transporte público do Brasil tem capacidade para atender 30 mil pessoas por dia

Estações no Complexo do Alemão terão bibliotecas, áreas de lazer e postos do Detran, do INSS e dos Correios

Primeiro transporte de massa por cabo do País, o teleférico do Complexo do Alemão foi inaugurado nesta quinta-feira (7), no Rio de Janeiro. Parte integrante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o projeto teve investimento de R$ 210 milhões, entre recursos do governo federal e do estado fluminense. O teleférico facilitará o deslocamento dos moradores em áreas de difícil acesso, como no alto do morro. A previsão é que aproximadamente 70% da população do Complexo, que possui 85 mil habitantes, utilize o novo meio de transporte. O trajeto, desde a entrada até o topo do morro, que antes podia levar até uma hora, a partir de agora será de 16 minutos. A extensão do teleférico é de 3,5 quilômetros, com 152 gôndolas (ou bondinhos), com capacidade para transportar até dez pessoas, permitindo atender 30 mil passageiros por dia.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Porto Olímpico | Proposta Hype Studio


Diplomatas,

seguindo as notícias sobre o Concurso do Porto Olímpico do Rio...

... os talentosos jovens da Hype Studio publicaram no Facebook sua elegante proposta.

Eu particularmente gostei bastante.

Para os que não fazem parte da rede social, confiram aqui algumas imagens postadas:





terça-feira, 28 de junho de 2011

Biblioteca de Detalhes


Diplomatas!

Falávamos sobre biblioteca de soluções, organizar os detalhes e referências...

Vejam esta tirinha que saiu no ARCHITEXTS:


hehehe
Beijinhos

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Habitação Social na Holanda


Diplomatas,
saiu ontem no ArchDaily sobre projeto de Habitação Social na Holanda:



O escritório HVE Architecten criou um projeto habitacional com programa diversificado, que combina e complementa os seus arredores com certa facilidade e leveza.
Filtrada pelas árvores antigas ao lado da av. Sandtlaan a luz encontra seu caminho para as fachadas em tijolo, vidro e metal.
Através da composição de fachada e escolha dos materiais o projeto tem um forte sentido de solidez, leveza e jovialidade.


Os edifícios de apartamentos em toda a extensão do Sandtlaan já não satisfaziam as "normas" de vida moderna. Portanto o HVE arquitetos desenvolveu um novo plano em que um programa de habitação mais diferenciado poderá ser realizado, com mais casas para "iniciantes" e famílias jovens. O programa previsto é composto por:
- apartamentos de regresso (sênior) para moradores dos prédios demolidos no local;
- um alojamento para um projeto de vida protegido para os jovens;
- e várias habitações unifamiliares com e sem espaço de trabalho incorporada, para iniciantes no mercado imobiliário e jovens famílias.


As habitações unifamiliares estão agrupadas em dois grupos. Cada cluster é constituído por quatro moradias de dois pavimentos e quatro habitações de três andares com espaço para escritórios. Estes aglomerados situam-se sobre a "pegada" dos prédios antigos, a fim de manter os pontos de vista existentes das casas adjacentes. O prédio pode ser visto como o apoio dos agrupamentos menores e funciona como um ponto de entrada para o bairro. O térreo e o quinto andar abrigam os apartamentos para idosos. As unidades de habitação para o projeto de "vidas abrigadas" são agrupadas no segundo e terceiro andar, com uma sala coletiva no terceiro andar.

As estruturas e instalações do prédio foram organizadas de tal forma que as unidades de "vida abrigadas" podem ser convertidas em apartamentos residenciais standard e vice-versa.

Vale a pena conferir também o site dos caras: HVE ARCHITECTEN.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Construindo a crítica

Numa pilha de colaborar pro debate (iniciado ontem por aqui no blog) sobre o aquecimento de certas estruturas sob o efeito da energia solar inadvertidamente (em outras palavras: sem querer), eu queria lançar algumas referências de projetos que sofreram com a temperatura ou que fizeram seus vizinhos sofrer.
foto: Graphic-J, via Gamespy Forum.
A idéia aqui, longe de querer prolongar uma polêmica pessoal, é de contribuir com as experiências do que já sabemos que dá problema, pra que a partir daí possamos evitá-los.
Começamos com um dos mais celebrados arquitetos da década de 2000, Frank O. Ghery e seu multi-milionário Walt Disney Concert Hall em Los Angeles, California. Um prédio emblemático que buscou levar a tecnologia do revestimento de titânio do Guggenheim de Bilbao a um outro nível, através do polimento perfeito da superfície para criar um aspecto de jóia que brilha sob o sol. Lindo não? Pois até pode ser, mas para os vizinhos da edificação isso foi um problema sério. Em fevereiro de 2004 a BBC relata que, após a conclusão de um estudo de um ano inteiro sobre a dispersão da radiação solar provocada pelo revestimento, conclui-se que realmente, as superfícies côncavas e convexas da edificação criavam efeito semelhante ao de lentes, concentrando os raios solares em edificações vizinhas e aquecendo-as enormemente. O site americano eHow também comenta sobre diversos problemas causados pelo revestimento/forma do edifício, que culminaram com o jateamento de partes das superfícies polidas para diminuir a sua reflectividade.
Declara o site que "Com a aprovação de Ghery, técnicos cuidadosamente fizeram o jateamento de areia em algumas áreas da superfície da edificação, tornando-a menos refletiva.(1)" Ainda vale a pena conferir um artigo do professor Marc Schiler e da estudante Elizabeth Valmont da University of Southern California sobre este edifício, que mostra inclusive mapas da dispersão da radiação e do acúmulo de energia na edificação. O USA Today também publicou sobre o assunto.
Outro problema é o controle do aquecimento interno a edificação. Há muita bibliografia sobre o tema, mas vale ressaltar alguns dados ambientais, por exemplo, de Porto Alegre. Temos em média 6 horas de incidência solar diária direta (acima da linha do horizonte)(2) que se reflete (sem trocadilhos) em 4,4kwh/m2.dia na média da radiação solar no plano horizontal. Esta média, aliás, pode enganar, pois temos variação de 6,50kwh/m2.dia em dezembro e 2,42kwh/m2.dia em junho(3). Deixo as análises para quem souber algo do assunto, mas sabemos, os moradores da capital gaúcha, que a coisa é quente nos meses de dezembro a fevereiro por aqui. 
Não me alongo mais, mas deixo apenas essas informações para que possamos ao menos discutir o que fazer e o que não deve ser feito.
Por outro lado, há trabalhos muito interessantes que se utilizam do clima e das forças da natureza para seu benefício. Um dos mais de vanguarda é o WEATHERS, que constuma "brincar" com clima. Um livro, que recomendo pois já o li é o -Arium (4), que mostra projetos MUITO de vanguarda sobre o tema de clima x arquitetura.
abraços!

(1) Tradução livre a partir do original em inglês.
(2) Segundo o Atlas da Energia Elétrica, da ANEEL (Atlas da Energia Elétrica 2a Ed. Brasilia: ANEEL, 2005.)
(3) Dados do Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica/ELETROBRAS através do software SunData (http://www.cresesb.cepel.br/sundata/index.php) para as coordenadas 30,033055°S e 51,230000°O - Porto Alegre. Acesso a simulação pode ser feito no link acima.
(4)  BHATIA, Neeraj e MAYER, Jürgen [editores]. -Arium: weather and architecture. Toroto: Hadje Cantz, 2010.

terça-feira, 24 de maio de 2011

CÚPULA DO MERCADO!

TRENSURB E PREFEITURA DE PORTO ALEGRE ESTUDAM CONSTRUÇÃO DE CÚPULA SOBRE ESTAÇÃO MERCADO

Um estudo desenvolvido pelo arquiteto Klaus Bohne, da Tria Design, busca criar um marco referencial no centro de Porto Alegre: uma cúpula sobre a Estação Mercado da Trensurb, na Praça Revolução Farroupilha. Segundo Bohne, o significado da estrutura para a capital gaúcha seria comparável ao que é o Museu do Louvre para Paris ou o Museu de Ciência e Tecnologia para Vancouver.

De acordo com o diretor-presidente da Trensurb, Marco Arildo Cunha, "o projeto prevê a construção de uma cúpula de aço e vidro com 730 metros quadrados de área interna, 12,8 metros de altura e 31 de diâmetro". O piso também seria de vidro, de forma que a iluminação solar poderia ser aproveitada no saguão da Estação Mercado.

O estudo foi apresentado ao prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, em reunião realizada na última sexta-feira, 20. Pela Trensurb, esteve presente o diretor-presidente Marco Arildo Cunha. Também prestigiaram a apresentação representantes da Caixa Econômica Federal – que manifestou interesse em instalar uma agência no interior da estrutura –, Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Secretaria de Planejamento Municipal, Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Porto Alegre e Secretaria Municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico.

Para os curiosos que quiserem conferir "o marco referencial". Clique aqui.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Tirinhas


E ae diplomatas!

Para descontrair nesta quinta-feira meia boca!

Não sei se vocês já viram esta site: ARCHITEXTS! É bem bacana!
Aqui vai a tirinha de ontem então:


Beijos!

Sketch Crawl PoA, ou desenhando e andando e seguindo a canção

Caros, vai rolar agora no final do mês:
http://sketchcrawlpoa.tumblr.com/
O que vocês acham? vamos lá treinar nossos dotes artísticos? Rá!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A POBREZA EXTREMA NO BRASIL

A POBREZA EXTREMA NO BRASIL
População que recebe até R$ 70 por mês


LOCAL

GANHAM ATÉ R$ 70/MÊS

% DA POPULAÇÃO TOTAL

Maranhão

1.691.183

25,7

Piauí

665.732

21,3

Alagoas

633.650

20,3

Pará

1.432.188

18,9

Amazonas

648.694

18,6

Acre

133.410

18,2

Ceará

1.502.924

17,8

Bahia

2.407.990

17,2

Roraima

76.358

17,0

Paraíba

613.781

16,3

Pernambuco

1.377.569

15,7

Sergipe

311.162

15,0

Rio Grande do Norte

405.812

12,8

Amapá

82.924

12,4

Tocantins

163.588

11,8

Rondônia

121.290

7,8

Mato Grosso

174.783

5,8

Mato Grosso do Sul

120.103

4,9

Minas Gerais

909.660

4,6

Espírito Santo

144.885

4,1

Rio de Janeiro

586.585

3,7

Goiás

215.975

3,6

Paraná

306.638

2,9

Rio Grande do Sul

306.651

2,9

São Paulo

1.084.402

2,6

Distrito Federal

46.588

1,8

Santa Catarina

102.672

1,6

Brasil

16.267.197

8,5



Sociedade rica é sociedade sem pobreza

Ângelo Marcos Arruda – Arquiteto e urbanista e professor da UFMS


Acabo de ler uma reportagem na ISTOÉ dessa semana acerca do Plano de Combate à Miséria que a Presidente Dilma prepara para lançar agora no mês de maio. Segundo a reportagem, o Brasil ainda tem 15 milhões de brasileiros que vivem com renda inferior a R$ 138,00 mensais, consideradas miseráveis em termos sócio-econômicos. Essas pessoas vivem na Região Norte (ribeirinhos), no Semi-Árido nordestino e na periferia das 11 regiões metropolitanas. Ao todo, somam 8% da população brasileira e cada família tem uma história bastante triste. Mulheres com filhos abandonadas pelos maridos; pessoas idosas largadas pelas famílias; moradores de favelas, barracos em áreas ocupadas nas cidades; guetos urbanos escondidos por detrás da urbanização ou em áreas de lixões. Coincidentemente semana passada, assisti ao filme “Lixo Extraordinário” um documentário que representou o Brasil no Oscar 2011 e que se baseia na ação do fotógrafo e artista plástico Vik Muniz na comunidade conhecida como Jardim Gamacho, no Rio de Janeiro, colada no maior aterro sanitário do Brasil onde residem milhares de pessoas que vivem do lixo ali depositado. Juntando essas duas coisas, resolvi abordar esse tema com a finalidade de discutir a pobreza nas cidades e em especial, Campo Grande. A Presidente Dilma adota, nesse momento, a frase “ País rico é pais sem pobreza” ao lado da marca BRASIL para marcar o seu governo, que anteriormente usada “ BRASIL: um país de todos” uma marca da inclusão. Como já temos uma nova classe média brasileira que surgiu nos últimos 10 anos e que se confirma o salto de inclusão com os programas sociais públicos, principalmente o federal, durante do governo Lula, agora temos de cuidar da erradicação da pobreza e da miséria, duas aliadas que andam juntas e que causam o maior estrago no tecido social do país. Pobreza e miséria em cidades é sinônimo de exclusão, de localização periferia. Não há uma só cidade no planeta que tenha bolsões de moradores pobres residentes em áreas centrais: local de pobre é na periferia. Isso nós sabemos. É aqui e é em qualquer lugar. Se é na periferia, é problema que o urbanismo deveria ser convocado para resolver, com ações de desenho da malha, de regularização do solo urbano, de novos conceitos de morar, de habitar, de recrear, enfim, de viver. É nesse campo que levanto o tema. Pobreza é também questão de urbanismo, como é a dengue ( quando os lotes baldios ficam entupidos de lixo), como é o transporte, o saneamento e a habitação. O combate à pobreza no Brasil é conhecido por toda a sociedade. Lembremos da Campanha pelo Combate à Fome do Betinho nos anos 1990; lembremos das ações pastorais, enfim. Mas as políticas sociais municipais deixam muito a desejar no campo do combate à pobreza. Para os prefeitos em geral, pobreza é assunto do governo federal. Prefeitura tem de cuidar do lixo, do asfalto, de novas obras de infra-estrutura, etc. Combater a pobreza e até o analfabetismo no Brasil republicano não é tarefa municipal; nem estadual. Pois bem. Se dependermos apenas do governo federal para resolver esse mais grave problema social brasileiro – a pobreza/miséria, levaremos décadas para equalizar, resolver. Mas se tivermos ações e políticas municipais e estaduais que incorporem a necessidade de entrar nessa seara, certamente a velocidade irá ajudar a reduzir o abismo que nos separa desses 15 milhões de brasileiros. Em Mato Grosso do Sul, a ação poderia ser integradora entre o governo, as universidades, as entidades mais ricas do estado, as grandes empresas e conglomerados, bancos, cooperativas, etc. Um plano vindo desse grupo, palmilhando todos os lugares e comunidades pobres, identificando e cadastrando os beneficiários, certamente teria um efeito nacional enorme. Quando o governo federal chegar com a sua proposta, MS terá orgulho de dizer que o dever de casa começou e a sociedade sul-mato-grossense sentirá orgulho de dizer para todos que sociedade rica é sociedade sem pobreza. Mãos à obra.


Arquiteto e Urbanista Ângelo Marcos Vieira de Arruda
Professor Doutor da UFMS e 2. Vice Presidente da FNA
angelomv@uol.com.br
Blog www.arquitetoangeloarruda.blogspot.com