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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Habitação Social na Holanda


Diplomatas,
saiu ontem no ArchDaily sobre projeto de Habitação Social na Holanda:



O escritório HVE Architecten criou um projeto habitacional com programa diversificado, que combina e complementa os seus arredores com certa facilidade e leveza.
Filtrada pelas árvores antigas ao lado da av. Sandtlaan a luz encontra seu caminho para as fachadas em tijolo, vidro e metal.
Através da composição de fachada e escolha dos materiais o projeto tem um forte sentido de solidez, leveza e jovialidade.


Os edifícios de apartamentos em toda a extensão do Sandtlaan já não satisfaziam as "normas" de vida moderna. Portanto o HVE arquitetos desenvolveu um novo plano em que um programa de habitação mais diferenciado poderá ser realizado, com mais casas para "iniciantes" e famílias jovens. O programa previsto é composto por:
- apartamentos de regresso (sênior) para moradores dos prédios demolidos no local;
- um alojamento para um projeto de vida protegido para os jovens;
- e várias habitações unifamiliares com e sem espaço de trabalho incorporada, para iniciantes no mercado imobiliário e jovens famílias.


As habitações unifamiliares estão agrupadas em dois grupos. Cada cluster é constituído por quatro moradias de dois pavimentos e quatro habitações de três andares com espaço para escritórios. Estes aglomerados situam-se sobre a "pegada" dos prédios antigos, a fim de manter os pontos de vista existentes das casas adjacentes. O prédio pode ser visto como o apoio dos agrupamentos menores e funciona como um ponto de entrada para o bairro. O térreo e o quinto andar abrigam os apartamentos para idosos. As unidades de habitação para o projeto de "vidas abrigadas" são agrupadas no segundo e terceiro andar, com uma sala coletiva no terceiro andar.

As estruturas e instalações do prédio foram organizadas de tal forma que as unidades de "vida abrigadas" podem ser convertidas em apartamentos residenciais standard e vice-versa.

Vale a pena conferir também o site dos caras: HVE ARCHITECTEN.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Construindo a crítica

Numa pilha de colaborar pro debate (iniciado ontem por aqui no blog) sobre o aquecimento de certas estruturas sob o efeito da energia solar inadvertidamente (em outras palavras: sem querer), eu queria lançar algumas referências de projetos que sofreram com a temperatura ou que fizeram seus vizinhos sofrer.
foto: Graphic-J, via Gamespy Forum.
A idéia aqui, longe de querer prolongar uma polêmica pessoal, é de contribuir com as experiências do que já sabemos que dá problema, pra que a partir daí possamos evitá-los.
Começamos com um dos mais celebrados arquitetos da década de 2000, Frank O. Ghery e seu multi-milionário Walt Disney Concert Hall em Los Angeles, California. Um prédio emblemático que buscou levar a tecnologia do revestimento de titânio do Guggenheim de Bilbao a um outro nível, através do polimento perfeito da superfície para criar um aspecto de jóia que brilha sob o sol. Lindo não? Pois até pode ser, mas para os vizinhos da edificação isso foi um problema sério. Em fevereiro de 2004 a BBC relata que, após a conclusão de um estudo de um ano inteiro sobre a dispersão da radiação solar provocada pelo revestimento, conclui-se que realmente, as superfícies côncavas e convexas da edificação criavam efeito semelhante ao de lentes, concentrando os raios solares em edificações vizinhas e aquecendo-as enormemente. O site americano eHow também comenta sobre diversos problemas causados pelo revestimento/forma do edifício, que culminaram com o jateamento de partes das superfícies polidas para diminuir a sua reflectividade.
Declara o site que "Com a aprovação de Ghery, técnicos cuidadosamente fizeram o jateamento de areia em algumas áreas da superfície da edificação, tornando-a menos refletiva.(1)" Ainda vale a pena conferir um artigo do professor Marc Schiler e da estudante Elizabeth Valmont da University of Southern California sobre este edifício, que mostra inclusive mapas da dispersão da radiação e do acúmulo de energia na edificação. O USA Today também publicou sobre o assunto.
Outro problema é o controle do aquecimento interno a edificação. Há muita bibliografia sobre o tema, mas vale ressaltar alguns dados ambientais, por exemplo, de Porto Alegre. Temos em média 6 horas de incidência solar diária direta (acima da linha do horizonte)(2) que se reflete (sem trocadilhos) em 4,4kwh/m2.dia na média da radiação solar no plano horizontal. Esta média, aliás, pode enganar, pois temos variação de 6,50kwh/m2.dia em dezembro e 2,42kwh/m2.dia em junho(3). Deixo as análises para quem souber algo do assunto, mas sabemos, os moradores da capital gaúcha, que a coisa é quente nos meses de dezembro a fevereiro por aqui. 
Não me alongo mais, mas deixo apenas essas informações para que possamos ao menos discutir o que fazer e o que não deve ser feito.
Por outro lado, há trabalhos muito interessantes que se utilizam do clima e das forças da natureza para seu benefício. Um dos mais de vanguarda é o WEATHERS, que constuma "brincar" com clima. Um livro, que recomendo pois já o li é o -Arium (4), que mostra projetos MUITO de vanguarda sobre o tema de clima x arquitetura.
abraços!

(1) Tradução livre a partir do original em inglês.
(2) Segundo o Atlas da Energia Elétrica, da ANEEL (Atlas da Energia Elétrica 2a Ed. Brasilia: ANEEL, 2005.)
(3) Dados do Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica/ELETROBRAS através do software SunData (http://www.cresesb.cepel.br/sundata/index.php) para as coordenadas 30,033055°S e 51,230000°O - Porto Alegre. Acesso a simulação pode ser feito no link acima.
(4)  BHATIA, Neeraj e MAYER, Jürgen [editores]. -Arium: weather and architecture. Toroto: Hadje Cantz, 2010.

terça-feira, 24 de maio de 2011

CÚPULA DO MERCADO!

TRENSURB E PREFEITURA DE PORTO ALEGRE ESTUDAM CONSTRUÇÃO DE CÚPULA SOBRE ESTAÇÃO MERCADO

Um estudo desenvolvido pelo arquiteto Klaus Bohne, da Tria Design, busca criar um marco referencial no centro de Porto Alegre: uma cúpula sobre a Estação Mercado da Trensurb, na Praça Revolução Farroupilha. Segundo Bohne, o significado da estrutura para a capital gaúcha seria comparável ao que é o Museu do Louvre para Paris ou o Museu de Ciência e Tecnologia para Vancouver.

De acordo com o diretor-presidente da Trensurb, Marco Arildo Cunha, "o projeto prevê a construção de uma cúpula de aço e vidro com 730 metros quadrados de área interna, 12,8 metros de altura e 31 de diâmetro". O piso também seria de vidro, de forma que a iluminação solar poderia ser aproveitada no saguão da Estação Mercado.

O estudo foi apresentado ao prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, em reunião realizada na última sexta-feira, 20. Pela Trensurb, esteve presente o diretor-presidente Marco Arildo Cunha. Também prestigiaram a apresentação representantes da Caixa Econômica Federal – que manifestou interesse em instalar uma agência no interior da estrutura –, Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Secretaria de Planejamento Municipal, Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Porto Alegre e Secretaria Municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico.

Para os curiosos que quiserem conferir "o marco referencial". Clique aqui.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Tirinhas


E ae diplomatas!

Para descontrair nesta quinta-feira meia boca!

Não sei se vocês já viram esta site: ARCHITEXTS! É bem bacana!
Aqui vai a tirinha de ontem então:


Beijos!

Sketch Crawl PoA, ou desenhando e andando e seguindo a canção

Caros, vai rolar agora no final do mês:
http://sketchcrawlpoa.tumblr.com/
O que vocês acham? vamos lá treinar nossos dotes artísticos? Rá!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A POBREZA EXTREMA NO BRASIL

A POBREZA EXTREMA NO BRASIL
População que recebe até R$ 70 por mês


LOCAL

GANHAM ATÉ R$ 70/MÊS

% DA POPULAÇÃO TOTAL

Maranhão

1.691.183

25,7

Piauí

665.732

21,3

Alagoas

633.650

20,3

Pará

1.432.188

18,9

Amazonas

648.694

18,6

Acre

133.410

18,2

Ceará

1.502.924

17,8

Bahia

2.407.990

17,2

Roraima

76.358

17,0

Paraíba

613.781

16,3

Pernambuco

1.377.569

15,7

Sergipe

311.162

15,0

Rio Grande do Norte

405.812

12,8

Amapá

82.924

12,4

Tocantins

163.588

11,8

Rondônia

121.290

7,8

Mato Grosso

174.783

5,8

Mato Grosso do Sul

120.103

4,9

Minas Gerais

909.660

4,6

Espírito Santo

144.885

4,1

Rio de Janeiro

586.585

3,7

Goiás

215.975

3,6

Paraná

306.638

2,9

Rio Grande do Sul

306.651

2,9

São Paulo

1.084.402

2,6

Distrito Federal

46.588

1,8

Santa Catarina

102.672

1,6

Brasil

16.267.197

8,5



Sociedade rica é sociedade sem pobreza

Ângelo Marcos Arruda – Arquiteto e urbanista e professor da UFMS


Acabo de ler uma reportagem na ISTOÉ dessa semana acerca do Plano de Combate à Miséria que a Presidente Dilma prepara para lançar agora no mês de maio. Segundo a reportagem, o Brasil ainda tem 15 milhões de brasileiros que vivem com renda inferior a R$ 138,00 mensais, consideradas miseráveis em termos sócio-econômicos. Essas pessoas vivem na Região Norte (ribeirinhos), no Semi-Árido nordestino e na periferia das 11 regiões metropolitanas. Ao todo, somam 8% da população brasileira e cada família tem uma história bastante triste. Mulheres com filhos abandonadas pelos maridos; pessoas idosas largadas pelas famílias; moradores de favelas, barracos em áreas ocupadas nas cidades; guetos urbanos escondidos por detrás da urbanização ou em áreas de lixões. Coincidentemente semana passada, assisti ao filme “Lixo Extraordinário” um documentário que representou o Brasil no Oscar 2011 e que se baseia na ação do fotógrafo e artista plástico Vik Muniz na comunidade conhecida como Jardim Gamacho, no Rio de Janeiro, colada no maior aterro sanitário do Brasil onde residem milhares de pessoas que vivem do lixo ali depositado. Juntando essas duas coisas, resolvi abordar esse tema com a finalidade de discutir a pobreza nas cidades e em especial, Campo Grande. A Presidente Dilma adota, nesse momento, a frase “ País rico é pais sem pobreza” ao lado da marca BRASIL para marcar o seu governo, que anteriormente usada “ BRASIL: um país de todos” uma marca da inclusão. Como já temos uma nova classe média brasileira que surgiu nos últimos 10 anos e que se confirma o salto de inclusão com os programas sociais públicos, principalmente o federal, durante do governo Lula, agora temos de cuidar da erradicação da pobreza e da miséria, duas aliadas que andam juntas e que causam o maior estrago no tecido social do país. Pobreza e miséria em cidades é sinônimo de exclusão, de localização periferia. Não há uma só cidade no planeta que tenha bolsões de moradores pobres residentes em áreas centrais: local de pobre é na periferia. Isso nós sabemos. É aqui e é em qualquer lugar. Se é na periferia, é problema que o urbanismo deveria ser convocado para resolver, com ações de desenho da malha, de regularização do solo urbano, de novos conceitos de morar, de habitar, de recrear, enfim, de viver. É nesse campo que levanto o tema. Pobreza é também questão de urbanismo, como é a dengue ( quando os lotes baldios ficam entupidos de lixo), como é o transporte, o saneamento e a habitação. O combate à pobreza no Brasil é conhecido por toda a sociedade. Lembremos da Campanha pelo Combate à Fome do Betinho nos anos 1990; lembremos das ações pastorais, enfim. Mas as políticas sociais municipais deixam muito a desejar no campo do combate à pobreza. Para os prefeitos em geral, pobreza é assunto do governo federal. Prefeitura tem de cuidar do lixo, do asfalto, de novas obras de infra-estrutura, etc. Combater a pobreza e até o analfabetismo no Brasil republicano não é tarefa municipal; nem estadual. Pois bem. Se dependermos apenas do governo federal para resolver esse mais grave problema social brasileiro – a pobreza/miséria, levaremos décadas para equalizar, resolver. Mas se tivermos ações e políticas municipais e estaduais que incorporem a necessidade de entrar nessa seara, certamente a velocidade irá ajudar a reduzir o abismo que nos separa desses 15 milhões de brasileiros. Em Mato Grosso do Sul, a ação poderia ser integradora entre o governo, as universidades, as entidades mais ricas do estado, as grandes empresas e conglomerados, bancos, cooperativas, etc. Um plano vindo desse grupo, palmilhando todos os lugares e comunidades pobres, identificando e cadastrando os beneficiários, certamente teria um efeito nacional enorme. Quando o governo federal chegar com a sua proposta, MS terá orgulho de dizer que o dever de casa começou e a sociedade sul-mato-grossense sentirá orgulho de dizer para todos que sociedade rica é sociedade sem pobreza. Mãos à obra.


Arquiteto e Urbanista Ângelo Marcos Vieira de Arruda
Professor Doutor da UFMS e 2. Vice Presidente da FNA
angelomv@uol.com.br
Blog www.arquitetoangeloarruda.blogspot.com

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Aulário recebe o Diretor Geral de Itaipu

(por Léo Poletti)

Na última quinta-feira, dia 05 de maio, foi realizada mais uma visita à obra do Aulário do PTI. Os diplomatas Tiago e Léo Poletti estiveram em Foz para, entre outros compromissos, acompanhar o andamento da execução do prédio.

Na foto aérea (por Billy), podemos ver que tá ficando uma belezura... A empresa responsável pela obra, a Tarobá Construções, é muito caprichosa e tem buscado seguir ao máximo as especificações do projeto... Aí, o resultado não podia ser outro: sucesso!!

Ainda tivemos a grande e oportuna coincidência de estar por lá no dia em que importantes figuras de Itaipu e da Agência Nacional das Águas também foram visitar a obra. Entre eles destacamos os Srs. Jorge Samek e Antonio Cardoso, Diretor-Geral Brasileiro e Diretor Técnico Executivo da Itaipu Binacional, respectivamente. E quem guiou essa turma não podia ser ninguém mais que o nosso querido Juan Carlos Sotuyo, Diretor-Superintendente do PTI e uma figuraça. Aproveitando essa oportunidade única, o Tiago pode explicar brevemente para essa importante turma o conceito do prédio, o que se buscou com o projeto modular, os princípios de sustentabilidade adotados e as estratégias usadas para valorizar o baita potencial paisagístico do entorno do prédio, que conta com uma vista incrível para o rio Paraná e para a barragem de Itaipu. No fim todos eram só elogios ao prédio e as iniciativas que o PTI vem implementando.

Maravilha!


Foto aérea do PTI com a obra do Aulário e o início da obra da Biblioteca (à esquerda na foto), também projeto da 3C.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Oficina Participativa em Garibaldi

A 3C realizou Oficina Participativa sobre o Plano Diretor Rural de Garibaldi, no dia 28 de abril passado. O evento ocorreu após a reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e envolveu mais de 40 pessoas representantes das comunidades rurais, do governo municipal, do sindicato rural e de outros órgãos. Os presentes discutiram e definiram os principais problemas e potencialidades da área rural do município.
O Plano Diretor Rural encontra-se em sua segunda etapa, correspondente à Leitura da Realidade - Diagnóstico. Estão previstos mais 4 reuniões nas comunidades do interior e mais uma oficina participativa na sede do município. A conclusão da etapa será em Audiência Pública marcada para o dia 11 de julho de 2011.
A coordenação da Oficina foi da socióloga Eliete Gomes e também participaram os arqs. Tiago e Alexandre.