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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Copa do Mundo em Porto Alegre

Dimplomatas,

Saiu ontem (15.dez.2010) no blog da Raquel Rolnik uma postagem sobre Porto Alegre e as alterações urbanísticas em função da Copa do Mundo de 2014.

Aqui ela comenta que em Porto Alegre, Copa 2014 vira justificativa para qualquer alteração urbanística.

E ela se refere à esta notícia do dia 02.dez.2010 publicada pelo Jornal do Comércio: Vereadores de Porto Alegre aumentam os índices construtivos.

:/


Um comentário:

  1. O seu comentário aguarda moderação.
    Mais que “jeitinho” é uma condição crônica em Porto Alegre, onde as “soluções especiais” tornaram-se a regra para aqueles que podem pagar.
    Funciona assim, os empreendimentos de impacto elevado e que requisitam alterações ao regime proposto tem que apresentar “estudos” de impacto e ser aprovados em 2 câmaras: a primeira chamada CAUGE é a gerência inter-secretarial de avaliação de projetos, a segundo, o CDDUA, é o conselho do Plano Diretor composto por 1/3 de entidades profissionais, 1/3 de entidades “populares” (na verdade representantes das Regiões de Planejamento da cidade) e 1/3 de secretarias.
    O efeito desse rito tem sido a aprovação de alterações (para mais) dos índices de aproveitamento e taxas de ocupação, criando edificações de enorme impacto quase que indiscriminadamente. Se exagero, não é muito, pois o impacto se sente cotidiana e cumulativamente no sistema viário e no transporte público.
    O interessante é notar que esses fenômenos não são de hoje. Pelo contrário. Em discussões bastante interessantes no IAB-RS, por exemplo, levantou-se a questão de que os espaços de participação direta abertos durante as gestões (progressistas) do Partido dos Trabalhadores em PoA a partir de 1989 foram paulatinamente sendo tomados como extensões da hegemonia (econômico-política) ao invés de servir como um contraponto ou complemento alternativo.
    Neste sentido, não devem acabar por aí e o Cais do Porto, os estádios e obras para a Copa sedimentarão um ciclo de captura da mais-valia urbana por poucas empresas – algumas delas nem mesmo brasileiras

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